Transformação digital acelera a demanda por profissionais de TI
Vivemos o que muitos chamam de a 4ª Revolução Industrial. Ao longo da história, já passamos por 3 revoluções industriais, a primeira foi baseada no vapor, foi o início da produção mecanizada. A segunda revolução foi a da produção em massa suportada pela eletricidade e a terceira foi fomentada pela computação e tecnologias digitais.
Já na 4ª Revolução Industrial, os protagonistas são tecnologias como: a inteligência artificial (IA), a big data, a nanotecnologia, a internet das coisas (IoT na sigla em inglês), o 5G, entre outras que já estão mudando a vida da sociedade moderna. Ou seja, cada vez mais a tecnologia é protagonista e transforma áreas e setores. No campo profissional, por exemplo, vemos profissões com os dias contados, outras exigindo uma adaptação de seus profissionais para que possam atuar lado a lado com a tecnologia e uma série de novas profissões sendo criadas. Nas áreas relacionadas à tecnologia, como a tecnologia da informação (TI), por exemplo, vivem uma alta e demandam cada vez mais profissionais.
Com o avanço de tecnologias como a IA e Big Data, além do aumento na presença digital, os programadores ganham notoriedade e são a bola da vez no mercado de trabalho. De acordo com as grandes empresas e especialistas do setor de tecnologia, o papel do ser humano será cada vez mais estratégico, deixando a execução para as máquinas. Esse movimento exigirá que as pessoas tenham conhecimentos em programação.
O que fazem os programadores e desenvolvedores?
A linguagem de programação é um conjunto de ordenações, dados e algoritmos que permitem o controle do comportamento lógico de máquinas. Por meio dela, o programador dita as instruções do que o computador deve fazer, e ela está presente em tudo o que envolve computação, desde sites, aplicativos, softwares, até máquinas autônomas mais complexas, tudo necessita de programação.
Existem diversas linguagens de programação, as mais conhecidas e utilizadas são a Python, Java, JavaScript, C+, C e C#. Cada uma tem sua particularidade, tipos de aplicações e utilizações diferentes, o que demanda um estudo para entender como o mercado tem utilizado cada uma.
À medida que cada vez mais processos, negócios, atividades e comportamentos são digitalizados, os programadores são demandados. Um levantamento da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) aponta que, até 2024, a demanda por profissionais na área de TI no Brasil é de 420 mil pessoas. Ainda segundo a entidade, o país forma 46 mil profissionais do setor por ano, porém seria necessário a formação de 70 mil anuais para atingir a necessidade do mercado.
Um outro levantamento, este realizado pela Catho, apontou que, só em São Paulo, a abertura de vagas no setor de TI superou a marca dos 670% em 2020. Segundo o site de recrutamento online, na comparação entre 2019 e 2020, os cargos que mais tiveram crescimento nas vagas foram cientista de dados (671%), desenvolvedor.NET (517%), devOps (460%), web developer (97%) e programador ADVPL (60%).
Como aprender programação?
Atualmente existem diversos cursos e escolas de programação para quem busca aprender a programar, inclusive com opções gratuitas.
Além disso, empresas de tecnologia investem em plataformas e cursos para desenvolver e capacitar profissionais. A Samsung, por exemplo, tem o programa Sansung Ocean, uma iniciativa global que oferece capacitação tecnológica à comunidade e fomenta a criação de startups. O programa oferece gratuitamente treinamentos técnicos combinados com temas relacionados à usabilidade e ao empreendedorismo, além do contato com especialistas da empresa e do mercado. Criado em 2014, o programa já qualificou 71 mil pessoas.
A Salesforce, gigante americana de CRM softwares na nuvem, oferece uma plataforma totalmente gratuita para quem busca aprender a operar sua plataforma. O Trailhead é uma plataforma online que utiliza a gamificação para que os usuários possam aprender a operar suas soluções e se tornem especialistas, podendo ocupar uma das 491 mil vagas que, segundo a empresa, serão criadas em seu ecossistema até 2024.
Outra gigante do setor de tecnologia, a Intel, tem uma parceria com a PrograMaria, ONG que busca empoderar mulheres no setor de tecnologia. O projeto #MaisMulheresNaTecnologia tem como objetivo aumentar a representatividade feminina na área de tecnologia, que tem uma predominância masculina.