A CEO da GAEL aponta que o futuro dos eventos está no “Retorno sobre o Impacto”. Assim, a agência vem transformando propósito em valor de negócio, com uma cultura interna que é seu maior ativo.

A GAEL, agência com mais de uma década de história e em franca expansão, consolida sua visão estratégica sob a liderança de sua CEO, Eliana Santa Rita, que ocupa o cargo desde 2021.

Com uma trajetória singular que se estende por quatro décadas no universo da comunicação, do rádio e TV ao live marketing e desenvolvimento de negócios, Eliana carrega uma bagagem que a permite ter os “pés no chão e o coração e o cérebro na comunicação”, como ela mesma define. Essa diversidade de experiências se manifesta em uma filosofia de liderança humana e estratégica, focada em ouvir, conectar e inspirar, garantindo que a cultura interna seja um espelho autêntico da promessa que a agência entrega ao mercado.

Eliana Santa Rita, CEO da GAEL

Eliana sustenta que o verdadeiro ROI é o “Retorno sobre o Impacto”, defendendo que propósito é investimento, e não custo. Essa crença se materializa em parcerias estratégicas com entidades como Menos 1 Lixo e Benfeitoria, e no uso estratégico de incentivos como a Lei Rouanet (como no documentário Com Causa), que reforçam o papel da agência como agente de transformação.

A entrevista a seguir aprofunda como essa líder está consolidando a GAEL como um modelo de negócio que une o rigor da execução à alma brasileira criativa, com foco em um palco global.

THE GATE: Antes de assumir a liderança da GAEL, você construiu uma trajetória que moldou sua visão de negócios. Como essa diversidade de experiências se manifestam hoje na sua filosofia de liderança e na estratégia de posicionamento da agência?

ELIANA SANTA RITA: Eu costumo dizer que a minha trajetória foi construída com os pés no chão e o coração e o cérebro na comunicação, no trabalho. Sou jornalista por formação e, desde que me formei, há 40 anos atrás, passei por muitas funções e áreas dentro da comunicação, fui repórter de rádio e TV, fui produtora de programas jornalísticos, passei por redação, produção de comerciais, atendimento e direção e desenvolvimento de negócios…até chegar ao live marketing, onde também atuei em diversas frentes, passando pelas maiores agências do Brasil.

Tudo isso me deu uma visão muito ampla de como as coisas realmente acontecem em todos os segmentos.

Hoje, como CEO da GAEL, eu carrego essa bagagem e uso isso tudo pra liderar de forma humana e estratégica. Gosto de estar perto, de ouvir, de conectar pessoas, de formar seres humanos. Acredito que o papel do líder é inspirar e dar direção, mas também criar um ambiente em que as pessoas sintam que fazem parte de algo maior. No final, é isso que molda a filosofia da GAEL: pessoas, com propósito e com resultado.

THE GATE: A GAEL passa por um momento de expansão e definição de parcerias estratégicas. Olhando para a próxima década, qual é a missão fundamental que a empresa se propõe a exercer no cenário da comunicação global?

ELIANA SANTA RITA: A GAEL vive um momento de expansão muito interessante e até bonito. Temos mais de uma década de história, e agora o nosso foco é consolidar um legado não só no Brasil mas cada vez mais globalmente. 

Em resumo, o que a gente quer deixar para o mercado é uma agência que une excelência com impacto real. Não é mais só fazer um grande evento, é transformar cada projeto em uma experiência com sentido, através das pessoas e do propósito. A GAEL quer ser lembrada não apenas pelo que entregamos, mas pelo que transformamos.

THE GATE: Com a criação de uma unidade internacional de negócios, como a GAEL pretende transformar a autenticidade e a criatividade brasileira em um padrão de excelência global?

ELIANA SANTA RITA: Eu acredito muito na força da criatividade brasileira, o Brasil é um grande celeiro de talentos nessa área. O brasileiro tem uma capacidade única de misturar, improvisar e criar beleza com significado. E na GAEL não é diferente, a gente preza muito a criação e a inovação, e quando a GAEL vai pro cenário internacional, como nos projetos da COP30, Global Citizen Now Amazônia,WCF e Royal Foundation – produções entregues ou em execução somente este ano – a gente leva essa alma brasileira, inovadora, criativa e colorida. E a gente transforma isso tudo, combinado com uma execução impecável, em metodologia de trabalho, tornou-se nosso padrão de entrega. 

A GAEL pode e vai mostrar para o mundo que o Brasil não é só criativo, é referência em criação e execução de projetos de comunicação.

Global Citizen Now Amazônia

THE GATE: Se o mercado está se afastando do marketing transacional, qual é a métrica mais valiosa para a GAEL hoje?

ELIANA SANTA RITA: Definitivamente, nossa medição de sucesso não se resume ao retorno financeiro, mas ao impacto que fica. Pra mim, pessoalmente, o verdadeiro ROI é o “Retorno sobre o Impacto”, quando criamos projetos com propósito, percebemos que propósito não é custo, é investimento. 

Muitas marcas, infelizmente, ainda não acreditam nisso, ou melhor, acreditam, mas não escolhem investir seus recursos para esse impacto. O que é uma pena, pois marcas que investem em coerência e responsabilidade ganham relevância, fidelidade e tempo de vida no mercado atual, e isso já foi comprovado. O que vai manter a trajetória de crescimento do nosso negócio a longo prazo é continuar acreditando, defendendo e trabalhando para que a coerência e a responsabilidade tenham uma importância enorme no mundo corporativo de hoje.

THE GATE: Em sua visão, qual é o perfil de liderança que essa cultura de propósito exige? Como a cultura vivida pelo colaborador influencia na entrega para o cliente?

ELIANA SANTA RITA: A cada dia que passa, percebo que a liderança mudou. Hoje, quem lidera precisa unir comunicação e cultura empresarial.  É impossível separar o que a marca fala do que ela faz, do que ela vive internamente, do que ela é de fato. Na GAEL, a gente cuida pra que os colaboradores vivam a mesma experiência que o cliente percebe, quero dizer, a cultura interna precisa ser um espelho do que a gente reflete para fora. Se o time está engajado e bem, isso transparece em cada projeto, e faz com que nossa entrega reflita esse engajamento e esse comprometimento interno das pessoas.

THE GATE: O que a Experiência Total significa para a GAEL? Você acredita que os eventos corporativos se tornarão os principais catalisadores da Total Experience (TX), unindo de forma indissociável o físico, o digital e a agenda de propósito de uma marca?

ELIANA SANTA RITA: A gente acredita muito na Experiência Total, que eu entendo como a fusão do físico com o digital e com o propósito. Os eventos hoje são muito mais do que encontros, são plataformas de conexão entre as pessoas, são conteúdos relevantes e transformação do meio que acontecem. Na GAEL, cada projeto é criado, planejado e pensado pra ser uma experiência completa e que deixe legado. Eu acredito que cada vez mais são e serão as experiências que permanecerão e criarão raízes.

THE GATE: A GAEL investe ativamente no combate ao burnout. Como você conecta a saúde e o bem-estar da sua equipe (o olhar para dentro) ao seu posicionamento de mercado e à promessa de marca (o olhar para fora)?

ELIANA SANTA RITA: Cuidar das pessoas é uma decisão estratégica da GAEL, não é discurso bonito, é a realidade. Acredito que é o cuidado que sustenta a criatividade. 

Na GAEL, o bem-estar de todos é prioridade, a gente cuida um do outro, a empresa cuida dos colaboradores, dos sócios e até mesmo dos clientes. A gente tenta sempre desenvolver programas pra combater o burnout, criar conversas sobre bem-estar e criar uma cultura de cuidado real, porque uma equipe saudável é mais criativa, mais engajada, mais feliz, e eu acredito totalmente que isso reflete diretamente na entrega. O que prometemos para o mercado começa dentro de casa, se não temos capacidade de nos auto-cuidar, como cuidaremos do produto de um cliente?

A GAEL é responsável pela produção da Casa Brasil COP30

THE GATE: Projetos como o documentário “Com Causa” usam a Lei Rouanet para criar conteúdo de grande impacto. Como você enxerga o uso estratégico dos incentivos fiscais como um reflexo da visão de longo prazo de uma empresa e de sua responsabilidade social, e não apenas como um instrumento de dedução contábil?

ELIANA SANTA RITA: Eu vejo os incentivos fiscais, como a Lei Rouanet, de uma forma muito clara: não é sobre dedução contábil, é sobre investimento cultural. Quando a gente produz um projeto como o “Com Causa”, por exemplo, estamos fortalecendo o papel das empresas como agentes de transformação social, ambiental e econômica. Isso é visão de longo prazo, é usar as ferramentas disponíveis pra deixar um legado. 

É esse pensamento que move a GAEL. O Gaetano Lops, nosso sócio fundador, é uma pessoa movida por causas, e essa cultura tem sido cada vez mais disseminada dentro da empresa e entre os colaboradores, e cada dia que passa temos mais adesão de todos. É muito gratificante ver esse processo acontecendo.

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