Atenção: este artigo não contém spoilers dos games!

Quando a Netflix anunciou uma série live action baseada na popular franquia de games Assassin’s Creed deixou muitos fãs animados e outros tantos, apreensivos. Isso ao graças ao filme de 2017 que, com boa vontade, é bem mais ou menos.

Isso é tudo que se sabe sobre a série, no momento.

Mesmo que nenhum detalhe da produção tenha sido revelado, é de se esperar que elementos básicos dos games estejam presentes. A começar pela possibilidade de acessar e interagir com  memórias de ancestrais através dos Animus, uma espécie de Matrix que recria com exatidão momentos vividos por antepassados. O parkour, as lâminas escondidas e os saltos impossíveis em montes de feno também estarão lá. Mas, o que mais os fãs querem ver na série? Pelo menos, estas 5 coisas:

1. Um assassino dos games

Tantos assassinos, tão pouco tempo…

O filme Assassin’s Creed não é uma adaptação dos games, mas uma história inédita, uma extensão do universo mostrado nos jogos, livros e quadrinhos. Apesar de ser uma escolha ousada por parte dos produtores, a ideia não caiu muito bem entre os jogadores, que esperavam ver algum dos vários assassinos dos games na tela grande. Mas qual deles? Depende da época a ser abordada e do tom que se busca para a série. Pode ser algo mais sério, como Altaïr; mais fanfarrão, como Ezio; mais soturno, como Ratonhnhaké:ton… Opções não faltam, mas falaremos disso mais adiante…

2. Figuras históricas

Diga-me com quem andas…

Cleópatra, Sócrates, Maquiavel, George Washington, Mary Read, Karl Marx, Robespierre… A lista de gigantes da História com quem os assassinos já trabalharam é extensa; seja em easter eggs – como a missão de ajudar o menino Artie a desvendar um crime em Assassin’s Creed: Syndicate e, no final, descobrir que Artie é Arthur Conan Doyle – ou em participações fundamentais no desenrolar da trama – caso de Leonardo Da Vinci, que ajuda os assassinos em 3 games da série. O seriado precisa fazer jus a essa tradição.

3. Aulão de História

Aulas práticas de mumificação? Temos.

Por trás das invasões furtivas e das batalhas épicas, existe todo um trabalho de pesquisa histórica. Desde o primeiro game da série, os desenvolvedores sempre se esforçaram para entregar um produto com grande precisão de época, repleto de informações e fatos curiosos sobre grandes eventos históricos. Assim, os games da franquia, ao mesmo tempo que entretém, são verdadeiras aulas de História. Os produtores da Netflix vão ter que se desdobrar para trazer o mesmo nível de precisão histórica.

4. Visual de videogame

A vida seria mais fácil se pudéssemos ver quem quer nos ferrar.

O Animus não é uma viagem no tempo, é uma simulação super elaborada de eventos passados. Dessa forma, as interfaces do jogo (mapas, hubs, marcação de inimigos, objetos interativos etc) acabam por se mesclar à experiência. A série da Netflix poderia, por exemplo, se utilizar elementos de realidade aumentada durante as cenas passadas no Animus para emular essas interfaces. Quebrar o clima “capa e espada” com a inserção de elementos eletrônicos é muito Assassin’s Creed

5. A história de Desmond Miles

Não brinca com essas coisas, menino!

Desmond é protagonista dos cinco primeiros jogos da série. Por protagonista entenda “o cara que se conecta ao Animus e revive as memórias de um antepassado assassino que muda a cada game”. Apesar de a maior parte da ação acontecer no passado simulado, é a linha narrativa de Desmond no mundo real que faz a trama andar, que dá sentido a tudo que está acontecendo; é nela que está o problema a ser resolvido. Com a conclusão da história de Desmond – em Assassin’s Creed III – a trama principal, o presente, foi cada vez mais deixada de lado nos jogos seguintes.

O filme de 2017 conta uma história parecida com a de Desmond, mas numa escala muito menor. Um seriado é a mídia perfeita para deixar a narrativa respirar e tomar o tempo necessário para atingir seu ápice. Além disso, o personagem do filme é raso e sem carisma. Falando nisso…

5.1 O povo quer o Ezio!

O homem, a lenda.

Imagine o Batman italiano, latin lover, festeiro, metido a filósofo e você terá um vislumbre de Ezio Auditore da Firenze, o assassino favorito de 9 em cada 10 fãs da franquia.

Surgido em Assassin’s Creed II, Ezio caiu rapidamente nas graças dos gamers, o que lhe rendeu o retorno em Assassin’s Creed: Brotherhood e Assassin’s Creed: Revelations, pois a desenvolvedora ficou com o pé atrás de trocar de personagem, como estava inicialmente planejado. Todos os assassinos que vieram depois (mesmo os mais interessantes, como Edward Kenway, de Black Flag, e os gêmeos Jacob e Evie Frye, de Syndicate) sempre existiram à sombra de Ezio.

Além do fan service, usar Ezio no seriado também permitiria estender a narrativa por várias temporadas, já que a trajetória dele é mais longa dentre os assassinos da franquia. Outro ponto positivo é que a história se passa na época da Renascença, período histórico marcado pela valorização da cultura e da ciência, algo que precisamos relembrar nestes tempos obscurantistas.

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